
Em Porto Alegre, venceu a
diversidade, com a ampliação da representação feminina e negra na Câmara de
Vereadores. Ainda longe do ideal, mas um significativo passo histórico e uma
demonstração inequívoca do amadurecimento do eleitorado. Certamente haverá
repercussões nas eleições de 2022.
Ainda sobre Porto Alegre,
venceu a escolha pela experiência, deixando de lado aventuras ideológicas. Já
experimentamos outras aventuras, cujos resultados colhemos até hoje, principalmente
em nível nacional.
Governador Eduardo Leite pode
comemorar vitórias importantes de seu partido, PSDB, pelas conquistas de cidades
chave do estado: Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas, Novo Hamburgo e Viamão. Leite
sempre reiterou ser contrário à reeleição, se mantiver sua posição, tem em
Paula Mascaranhas (reeleita em Pelotas) e Jorge Pozzobom (reeleito em Santa
Maria), quadros valiosos para a disputa ao Piratini em 2022.
Em nível nacional, o grande
vencedor foi o DEM e Rodrigo Maia. O partido que Lulla desejava “extirpar da
política nacional”, ampliou em 72% o número de prefeituras, ficando entre os
cinco partidos com mais prefeitos (462). Desbancou o PT, que tinha 637
prefeituras e agora está com 172.
Rodrigo Maia ganha força e se
conquistar a reeleição para a presidência da Câmara Federal – em análise no STF
– será o nome chave para consolidar uma ampla frente de centro, na disputa de
2022, junto a Dória, Luciano Huck e Eduardo Leite.
Mas também é importante
ressaltar o PSOL, além de ampliar sua presença na Câmara de Vereadores de Porto
Alegre, foi para o segundo turno em São Paulo, projetando nacionalmente
Guilherme Boulos, que será um nome forte da esquerda para 2022.
Vale lembrar que o PSOL surge após
o PT expulsar Heloisa Helena, Luciana Genro, Babá e João Fontes, por
discordarem da administração de Lulla, votando contra seus projetos e
criticando com veemência a política econômica do governo petista.